Samsung finalmente divulgou os resultados das investigações de Galaxy Note 7, revelando não um, mas dois motivos que levaram à algumas das unidades sofrerem superaquecimento (e pegarem fogo em alguns casos).
Embora o problema tenha sido sem dúvida relacionada à bateria, a empresa sul-coreana revelou que as unidades iniciais de Note 7 e unidades de reposição tinham defeitos distintos na bateria.
No caso das unidades iniciais, a gigante da tecnologia disse que o projeto da bateria foi o culpado. Especificamente, a falha estava no canto superior direito da bateria, e fez com que os eletrodos estivessem propensos a dobrar, causando um curto-circuito.
E no caso das unidades de substituição, que continham baterias de um fornecedor diferente, a Samsung disse que não houve problema de design, mas sim um defeito de fabricação das baterias. Esse defeito, que pode ter ocorrido devido ao fornecedor ter trabalhado rapidamente para atender a demanda, também causou curto-circuito nas baterias e, como consequência, o superaquecimento.
"Foi uma crise dolorosa para mim", disse o chefe da divisão móvel da Samsung, DJ Koh, acrescentando que foi a pior fase em seus 33 anos na empresa.
Para evitar que um problema semelhante aconteça, a Samsung criou um grupo para consulta de baterias com especialistas da indústria. A partir de agora, as baterias vão passar por teste de segurança de oito passos. Além disso, a empresa irá atribuir equipes em cada componente de novos produtos para verificar a segurança.
A Samsung parece confiante de que os problemas de bateria do Note 7 foram resolvidos e esperamos que não afetem futuros dispositivos, como o Galaxy S8. Ainda durante a conferência, foi dito que 96% das unidades vendidas de Note 7 em todo o mundo foram devolvidas pelos proprietários.