Apple acumula estoque para absorver tarifas comerciais

Após as tarifas do “Dia da Libertação” de Donald Trump, marcas como a Apple estão buscando iniciativas para amenizar os efeitos para os consumidores com os inevitáveis ​​aumentos de preços. A China, onde a maior parte dos iPhones é montada, foi atingida por uma tarifa combinada de 54%, a Índia enfrenta uma taxa de 26%, enquanto todos os produtos do Vietnã receberão uma taxa de importação de 46% ao entrar nos Estados Unidos.

De acordo com o renomado analista Mark Gurman, a Apple vem acumulando estoque de iPhones, Macs e outros produtos nos EUA há meses em antecipação às novas tarifas. Com isso, a empresa com sede em Cupertino, Estado da Califórnia, poderia teoricamente adiar o aumento dos preços do iPhone até a série iPhone 17 em setembro. As taxas recém-anunciadas, que entram em vigor em 9 de abril, não se aplicarão a dispositivos que já estão em solo norte-americano.

A Apple também estaria preparada para absorver uma pequena porcentagem do custo limitando suas margens em hardware. Em média, os produtos da Apple apresentam uma margem de lucro de 45% somente em hardware. Como outras empresas, a Apple também pode renegociar seus contratos com parceiros da cadeia de suprimentos e de fabricação para atingir melhores preços para componentes e montagem de dispositivos.

Além desses fatores, a Apple também estaria expandindo suas instalações de fabricação internacionais, com o Brasil sendo um dos principais.

Já faz mais de 7 anos desde que a Apple aumentou o preço do seu iPhone principal nos EUA pela última vez, com o iPhone X de 2017 começando em US$ 999. A menos que vejamos uma grande reviravolta geopolítica, esteja preparado para uma importante mudança na próxima geração de iPhones.