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EUA revogam licenças de empresas para fazer negócios com Huawei

Centenas de solicitações de licença também foram negadas; US$ 280 bilhões em pedidos de licença ainda precisam ser processados

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Em uma ação de despedida à Huawei, o governo de Trump teria informado a fabricante de chips Intel e outros fornecedores que está revogando licenças concedidas anteriormente e que pretende rejeitar outras dezenas que buscam vender tecnologia para a empresa chinesa.

De acordo com um e-mail descoberto pela imprensa estrangeira, a Semiconductor Industry Association disse na sexta-feira que o Departamento de Comércio dos EUA emitiu "intenções de negar um número significativo de pedidos de licença de exportação para a Huawei e a revogação de pelo menos uma licença emitida anteriormente". No entanto, fontes disseram que pelo menos oito licenças existentes de quatro empresas foram revogadas.

O e-mail declara ainda que as ações do governo dos Estados Unidos abrangem uma "ampla gama" de produtos na indústria de semicondutores. Algumas licenças foram aparentemente aguardadas por "muitos meses" e só estão sendo negadas agora, poucos dias antes de o presidente Trump deixar o cargo.

A fabricante japonesa de memória flash Kioxia Corp teve pelo menos uma licença anulada.

O Departamento de Comércio dos EUA não reconheceu diretamente esta nova sanção, mas disse à imprensa que continua trabalhando com agências para aplicar "consistentemente" as regras de licenciamento que protegem "a segurança nacional dos EUA e os interesses da política externa".

Huawei e Intel não quiseram comentar.

Antes da última sanção, 150 licenças estavam pendentes com valor de US$ 120 bilhões em bens e tecnologia. Destas, uma grande maioria foi negada, enquanto outras oito foram revogadas. Uma fonte confirmou à imprensa estrangeira que outros US$ 280 bilhões em pedidos de licença para a Huawei ainda não foram processados.

Os fornecedores da Huawei que foram prejudicados têm 20 dias para recorrer. O Departamento de Comércio dos EUA tem 45 dias para emitir quaisquer alterações à decisão, ou as negações serão definitivas. As empresas terão mais 45 dias para apelar da decisão final.
Enquanto isso, a Huawei intensificou os esforços para preencher a lacuna em sua cadeia de suprimentos de semicondutores. De acordo com um relatório recente, a empresa está conversando com vários fabricantes de chips chineses para possíveis investimentos.

Na verdade, ela já adquiriu participações em 20 empresas relacionadas a semicondutores, cobrindo o fornecimento de ferramentas de design de chips e outros materiais para produção e testes de chips. O objetivo final parece ser a produção interna de chips, mas pode demorar um pouco até que a Huawei possa ter isso instalado e funcionando.

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