Ontem (20) deveria ser o dia em que o TikTok e o WeChat seriam proibidos nos Estados Unidos, mas os dois aplicativos se livraram no último minuto.
Em primeiro lugar, o TikTok confirmou que fechou um acordo com a Oracle e o Walmart para tratar das preocupações de segurança do governo dos EUA. TikTok afirma que a Oracle será seu "provedor de nuvem e tecnologia confiável para proteger totalmente os dados dos usuários".
Além disso, a Oracle e o Walmart farão parte de uma rodada de financiamento pré-IPO da TikTok Global, onde poderão adquirir uma participação cumulativa de 20% na empresa. A sede do TikTok Global nos EUA crescerá como parte desse acordo, adicionando 25.000 empregos em todo o país, e o TikTok Global pagará mais de US$ 5 bilhões em novos impostos ao Tesouro dos EUA.
Com este negócio, o TikTok Global estará cumprindo com todas as leis e regulamentos de privacidade dos EUA. Todos os dados dos 100 milhões de usuários do TikTok nos Estados Unidos serão movidos para os data centers de nuvem da Geração 2 da Oracle, que a Oracle considera "os data centers em nuvem mais seguros do mundo".
Além disso, quatro dos cinco membros da diretoria do TikTok Global serão americanos.
O presidente Trump aprovou o acordo entre TikTok, Oracle e Walmart.
O Departamento de Comércio dos EUA anunciou neste fim de semana que adiou a ação que proibiria o TikTok nos EUA. A proibição, originalmente definida para ocorrer em 20 de setembro, foi adiada para 27 de setembro às 23h59min.
Enquanto isso, um juiz federal impediu a ação de Trump para proibir o WeChat nos EUA. Um grupo dos Estados Unidos chamado "WeChat Users Alliance" pediu uma liminar preliminar para bloquear a proibição, dizendo que isso violaria seus direitos da Primeira Emenda, bem como a Lei de Restauração da Liberdade Religiosa. Este argumenta que o WeChat "é insubstituível para seus usuários nos Estados Unidos, particularmente na comunidade de língua chinesa e sino-americana".
O processo também defende que os usuários sino-americanos e que falam chinês nos EUA contam com o WeChat como sua principal fonte de comunicação e que ele também fornece conteúdo, como notícias, além de integrar as tradições chinesas em transações eletrônicas, como o envio de presentes em dinheiro em "envelopes vermelhos".