Xiaomi entra para lista de empresas com restrições nos EUA

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos incluiu a fabricante chinesa de smartphones Xiaomi à uma lista de empresas que seriam controladas por militares chineses, sob a Lei de Autorização de Defesa Nacional de 1999. O governo acredita que os possíveis laços da Xiaomi com os militares são próximos o suficiente para representar uma potencial ameaça aos EUA.

Isso significa que os investidores dos EUA serão forçados a vender quaisquer ações ou participações na empresa até 11 de novembro deste ano, e serão impedidos de fazer isso no futuro.

Esta lista não é a mesma lista de entidades à qual a Huawei foi incluída em 2019 e que impede a empresa de comprar componentes da indústria norte-americana. No entanto, não está claro se a Xiaomi também será adicionada a essa outra lista no futuro.

A Xiaomi se manifestou e negou essas acusações, alegando que não está ligada aos militares chineses. Em um comunicado, um porta-voz da Xiaomi disse:

A empresa reitera que fornece produtos e serviços para uso civil e comercial. A empresa confirma que não pertence, é controlada ou afiliada aos militares chineses e não é uma 'Companhia Militar Comunista da China' definida no NDAA. A empresa está em conformidade com a lei e operando em conformidade com as leis e regulamentos relevantes das jurisdições onde conduz seus negócios. A empresa reitera que fornece produtos e serviços para uso civil e comercial. A empresa tomará as medidas adequadas para proteger os interesses da empresa e de seus acionistas.

Essa lista existe desde 1999. No entanto, ela carecia de força até que Trump concedeu uma ordem executiva que proíbe os investidores americanos de investir em empresas listadas neste documento. Com o nome de Xiaomi adicionado à lista, as coisas ficaram difíceis. A lista também menciona outras 8 empresas chinesas.