A Xiaomi acaba de dar um passo ousado rumo à independência tecnológica. A gigante chinesa anunciou oficialmente seu primeiro processador próprio de alto desempenho, o Xring O1, desenvolvido internamente e apresentado junto ao novo Xiaomi 15S Pro – versão quase idêntica ao Xiaomi 15 Pro, mas com um coração 100% feito pela Xiaomi.
Produzido no avançado processo de 3 nanômetros "N3E" da TSMC, o Xring O1 traz uma CPU com dez núcleos, incluindo:
- 2 núcleos Cortex-X925 de alto desempenho a 3,9 GHz;
- 6 núcleos Cortex-A725 entre 1,9 e 3,4 GHz;
- 2 núcleos Cortex-A520 de eficiência energética a 1,8 GHz.
O chip conta ainda com GPU ARM Immortalis-G925 de 16 núcleos e uma NPU de 6 núcleos com capacidade de 44 TOPS, voltada para tarefas de inteligência artificial.
Desempenho de respeito
Nos testes de benchmark, o Xring O1 superou expectativas. A Xiaomi afirma que o chip ultrapassou a marca de 3 milhões de pontos no AnTuTu, deixando para trás o Snapdragon 8 Elite. No Geekbench 6, o Xring O1 registrou mais de 3.000 pontos em single-core e 9.000 em multi-core, superando até mesmo o Apple A18 Pro em desempenho multicore.
Além do poder de processamento, o chip suporta as tecnologias mais modernas:
- Memória RAM LPDDR5T;
- Armazenamento UFS 4.1;
- USB 3.2 Gen2;
- Wi-Fi 7;
- ISP personalizado de 3 núcleos da Xiaomi para processamento de imagem.
Xiaomi 15S Pro: design conhecido, motor novo
Exceto pelo novo chipset, o Xiaomi 15S Pro mantém as especificações do 15 Pro original:
- Tela LTPO AMOLED de 6,73" QHD+ com taxa de atualização de 120Hz;
- Conjunto triplo de câmeras de 50 MP (ultrawide, wide e periscópio 5x);
- Bateria de 6.100 mAh com carregamento rápido de 90W;
- Sistema operacional HyperOS 2 baseado no Android 15;
- Cores: preto e azul.
Disponibilidade
As vendas já começaram na China, mas até o momento a Xiaomi não divulgou planos de lançamento internacional do smartphone com seu novo superchip.
Com o Xring O1, a Xiaomi entra para o seleto grupo de fabricantes que conseguem competir em pé de igualdade com gigantes como Qualcomm, MediaTek e Apple — e promete agitar o mercado de chips móveis nos próximos anos.